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Twenty One Pilots termina passagem pelo Brasil em São Paulo com show histórico 

Entre tantas idas e vindas, o duo americano Twenty One Pilots mais uma vez cruzou o oceano para tocar em terras brasileiras. Mas desta vez foi diferente. Desta vez, eles não eram apenas uma atração em um festival; estavam aqui com sua própria turnê, finalmente dando aos fãs o show que eles tanto esperavam.

Os tons vermelhos, os pescoços pintados de preto e as balaclavas encheram o Allianz Parque para a última noite de Tyler Joseph e Josh Dun no Brasil.

Para começar, Balu Brigada tomou conta da abertura do concerto. Os neozelandeses fizeram parte da Clancy Tour em todos os continentes, sendo mantidos para a turnê latina, e foram muito bem recebidos pelos clikkies, nome dado à base de fãs do TØP.

Muito pontuais, eles entraram no palco com grande energia e mostraram ao público um pouco de seu som, usando camisetas da seleção brasileira e do Palmeiras, time do Allianz Parque, e agradeceram aos fãs por terem chegado mais cedo, mesmo com a chuva, para ver o show. O som indie agradou a muitos presentes.

Sem nenhum atraso, a introdução do show começou às 20h45 e, de um jeito muito performático, o duo subiu ao palco com “Overcompensate”, seguida por “Holding on to You” e “Vignette”, com Tyler ainda usando sua balaclava. Só em “Car Radio”, no alto de uma estrutura montada especialmente para que ele subisse, ele a retirou e recebeu uma enxurrada de gritos.

O vídeo clássico feito com os fãs que chegaram cedo na fila passou no telão, demonstrando o amor e a espera que todos tinham pela vinda da banda ao país, logo depois dando início a “The Judge”. Em homenagem à esposa, Tyler cantou “The Craving” e “Tear in My Heart” em sequência.

As músicas do novo álbum Clancy estiveram mais do que presentes, sendo mescladas com “Shy Away” e “Heathens”, grande sucesso do filme Esquadrão Suicida.

A ida dos dois para os palcos separados, que ficavam cada um de um lado do estádio entre as duas pistas, trouxe aconchego aos fãs, com um medley de músicas mais antigas, contando até com “Forest”, que não se encontra mais nas plataformas. Os fãs prepararam uma surpresa durante “Mulberry Street”: quando Tyler pediu para ligarem as lanternas dos celulares, o estádio formou as cores da era, um projeto que ficou lindo.

Um coro de “Tyler, eu te amo!” foi puxado antes da volta do cantor ao palco principal, e ele respondeu de forma tocante.

A segunda parte do show nos transportou para Dema, o mundo opressivo da narrativa de Clancy. O fogo, os prédios, a cenografia cuidadosamente montada – tudo parecia consumir o espaço ao redor. A mistura das músicas mais clássicas da banda com as do novo álbum encaixou-se muito bem e fez o Allianz Parque tremer, com destaque para “My Blood”, “Guns for Hands” e “Heavydirtysoul”.

Josh, que normalmente fica na bateria durante a maior parte do show, veio à frente do palco para agradecer, em português, aos fãs por terem ido ao show.

Uma de suas canções mais conhecidas, “Ride”, ganhou uma colaboração diferente a cada show, com uma criança escolhida para cantar a ponte junto com Tyler no palco B. Em São Paulo, Maria Elisa encantou todos com sua graça.

A finalização do show não poderia ser com outra música que não “Trees”, que já encerra os concertos de Twenty One Pilots há algumas eras. A energia imanente dos fãs e do duo transformou o Allianz Parque em um verdadeiro fim de festa, com diversos confetes vermelhos e fogos de artifício.

A conexão entre os fãs e a banda é o que os mantém em constante ascensão no país e em sua carreira. Os clikkies, com lágrimas nos olhos, observaram o show acabar com um até logo, e por aqui já não vemos a hora de revê-los.

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