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Mesmo com estrutura reduzida, Niall Horan esbanja carisma e presença de palco em São Paulo e Rio de Janeiro

Depois de 6 anos, Niall Horan, ex-membro da boyband One Direction, retornou ao Brasil para duas apresentações em São Paulo e Rio de Janeiro. A The Show Live On Tour é a turnê do terceiro álbum do irlandês, intitulado ‘The Show’, mas também conta com canções do primeiro e segundo trabalhos solos de Horan: Flicker e Heartbreak Weather, respectivamente.

Em São Paulo, Niall entrou no palco pontualmente às 20h, depois da apresentação da cantora brasileira Clarissa e uma playlist pré show que contava com músicas como Teenage Dirtbag e Dancing Queen, que animaram ainda mais o público. Horan começou o show com Nice To Meet Ya, lead single do seu segundo álbum e parte das músicas fixas de sua setlist. Além das canções fixas, Niall também performou Seeing Blind, If You Leave Me, Everywhere e Flicker, sendo que Flicker fazia parte de um dos projetos elaborados pelos portais dedicados a ele no Brasil (Niall Horan Brasil, Niall Publicity, NHTourBra e Projeto OT5) — e o sorriso dele durante a música deixou claro que ele adorou a recepção.

Porém, o sorriso não foi o suficiente para que o irlandês expressasse sua gratidão pelo projeto. Além do momento intimista em Flicker, as homenagens emocionaram o cantor principalmente quando as plaquinhas com ‘You Saved Our Lives’ surgiram em “Save My Life”, e o público iluminou o espaço com lanternas coloridas em “The Show”. Niall fez questão de incluir o agradecimento aos fãs durante um dos discursos do show, afirmando que não conseguia imaginar os detalhes e esforços para que algo assim acontecesse.

Para a alegria dos antigos fãs da boyband One Direction que nunca tiveram a oportunidade de ver o grupo ao vivo, ou que apenas sentem muita falta da banda, Horan também cantou Stockholm Syndrome, música que faz parte do quarto álbum do grupo britânico intitulado ‘Four‘, lançado em 2014. Além disso, o cantor fez questão de se conectar de forma sincera com os fãs que o acompanham por pouco menos de 15 anos, agradecendo profundamente pela presença de todos. Em um momento especialmente tocante, ele mencionou o quanto entende que ir a um show pode ser um sacrifício financeiro nos dias de hoje. Niall também mostrou uma evolução notável no palco desde a Flicker World Tour. Se antes ele adotava uma postura mais tímida e contida, hoje, sua presença é marcada por uma confiança que transparece em cada gesto. 

A evolução artística e pessoal do irlandês se refletiu não só na performance musical, mas também na maneira como ele se mostrou presente e agradecido por compartilhar aquele momento com o público. Ele interage com o público de maneira descontraída, sempre sorrindo, brincando com os fãs da primeira fila e até arriscando alguns passos de dança que conquistaram risos e gritos entusiasmados. A energia contagiante foi uma constante ao longo da apresentação, e Niall parecia se alimentar da vibração da plateia, criando um clima de cumplicidade que poucos artistas conseguem alcançar.

Assim como em São Paulo, Niall demonstrou sua evolução como artista no show do Rio de Janeiro. Além de ter uma estrutura de palco mais elaborada que a do show anterior e que remetia mais ao design usado pelo artista nos shows do exterior, ele novamente interagiu de forma descontraída com os fãs, sempre com seu sorriso característico e, dessa vez, um novo penteado, diferente do usado na apresentação da capital paulista. A setlist do segundo show também foi diferente: a performance incluiu sucessos de sua carreira solo, como Cross Your Mind e Science, além de um momento nostálgico ao cantar Night Changes, outra música da época da One Direction que reveza seu lugar na setlist com Stockholm Syndrome.

Durante a performance de Meltdown, um dos momentos mais emocionantes da noite, o público surpreendeu Niall ao levantar milhares de plaquinhas com a frase “I’ll Be There”, projeto exclusivo do show da capital carioca. Visivelmente emocionado, o irlandês fez uma pausa para agradecer o esforço dos fãs.

“Eu tenho feito isso por quase 15 anos e eu ainda não sei como vocês fazem isso. Eu mal consigo coordenar meu horário do jantar, quem dirá organizar 6 mil pessoas para fazer isso [levantar as plaquinhas] ao mesmo tempo. Muito obrigado mesmo!”

Niall Horan sobre o projeto de ‘Meltdown’

O show chegou ao fim com Slow Hands, uma das músicas mais aguardadas da noite, quando Niall levantou a bandeira do Brasil, carregando-a até o final da apresentação, enquanto agradecia aos fãs junto à sua banda, encerrando a noite em clima de celebração e emoção.

“Eu tenho tantas boas memórias desta cidade com o passar dos anos que, quando penso nos pontos altos da minha carreira, o Rio é uma das cidades que me vem primeiro à cabeça. Muito obrigado por tudo nos últimos 14 anos!”

Niall Horan em seu show no Rio de Janeiro

Tanto no Rio quanto em São Paulo, o cantor demonstrou não apenas seu crescimento artístico, mas também sua profunda conexão com o público brasileiro. Sua evolução como performer, marcada por uma confiança cada vez maior no palco, só reforça o carinho genuíno que tem pelos seus fãs, que retribuem com amor e dedicação. Esperamos que Niall não demore mais 6 anos para retornar ao país, para que possamos viver tudo de novo!

SETLIST SÃO PAULO

  • Nice To Meet Ya
  • Small Talk
  • On A Night Like Tonight
  • On The Loose
  • The Show
  • Seeing Blind
  • Save My Life
  • Black And White
  • Flicker
  • This Town
  • You Could Start A Cult
  • Heaven
  • If You Leave Me
  • Stockholm Syndrome
  • Everywhere
  • Meltdown
  • Mirrors
  • Still
  • Heartbreak Weather
  • Slow Hands

Confira a galeria completa de ambos os shows abaixo:

São Paulo

Fotos por: Julia Henriques, Mariana Fernandes e Rebeca Paulino

Rio de Janeiro

Fotos por: Amanda Spindola e Carol Marins

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