O Circo Voador, uma das casas de shows mais tradicionais do Rio de Janeiro, ficou pequeno para Carol Biazin. A paranaense de 28 anos se apresentou em terras carioca no último sábado, 4/10, com a turnê “No Escuro, Quem é Você?”. Os shows fazem parte da divulgação do álbum homônimo, lançado em maio deste ano, e um dos indicados na categoria “Melhor Álbum Pop em Língua Portuguesa” no Grammy Latino.
Antes do show começar, o We In The Crowd teve a oportunidade de bater um papo com Carol nos bastidores, e perguntamos sobre como é a sensação de ser uma artista nomeada ao Grammy. “Quando eu quero que algo seja real, eu ligo logo para a minha mãe”, contou. “Eu expliquei para ela o que é o Grammy Latino e a gente surtou juntas. Foi muito emocionante. Acho que é uma parte muito bonita da minha história, de tudo o que eu fiz, estar com esse álbum em específico concorrendo a um Grammy. Ainda mais estar concorrendo ao lado de pessoas e projetos que eu admiro tanto. Torçam por mim, gente!” A pergunta que fica é: como não torcer para essa diva?
A menina do interior conquistando corações cariocas
Com um setlist muito bem construído, Carol passeia pelos seus maiores sucessos e mostra que é uma artista completa. Além do carisma e da presença de palco, a cantora exibe seus dons como instrumentista – assumindo teclado, violão e guitarra ao longo do show –, e também seu talento nato para a composição, marcante nas baladas “Menina do Interior” e “Conversei com Deus”. O público apaixonado acompanhou todas as letras, desde “Dilemas da Vida Moderna” e “Low Profile”, que abriram o show, até o “Te amo sem culpa”, um hino sobre a liberdade de amar para a comunidade LGBTQIAPN+.
Se tem uma coisa marcante do show é a relação visceral entre artista e fãs. Carol interage com a plateia, faz piadas, aceita pedidos de casamento e até recebe calcinhas de presente. O cartaz gigante escrito “Menina do interior, a cidade não vai te tomar”, referência a uma das composições mais bonitas da cantora, pendurado no mezanino da casa, explicita ainda mais isso.

Um dos pontos altos da noite é a sequência “Bagunça”, “Tr*nsANte” e “Playlist de Sexo”. De sutiã e sob uma luz vermelha, Biazin assume a guitarra nas faixas que marcam o momento mais sensual do show. As letras picantes embalaram muitos beijos e trocas de carinho entre os casais sáficos na plateia, criando alguns dos momentos mais bonitos.
O que vem em 2026?
As expectativas para o próximo ano são grandes. Depois de dominar 2025 com a sua música, perguntamos para Carol o que ela almeja para o futuro. Além de uma participação no Tiny Desk, que ela já comentou várias vezes no Twitter, ela sonha com a projeção nacional do seu show: “quero levar minha música para todos os pedacinhos do país. Não só todas as capitais, mas também passar por cidades do interior.”
Depois de parcerias icônicas com Duquesa, Baco Exu do Blues e Ebony, perguntamos pra Carol com quem ela deseja colaborar no futuro. De artista internacional, a resposta foi rápida: os argentinos Ca4riel e Paco Amoroso. “Acho que a gente tem a mesma vibe, super combina”, disse a estrela, que assistiu à recente passagem dos artistas pelo Brasil. Já quando o assunto são artistas nacionais, Biazin fez uma lista. “A Melly, que é uma artista de R&B incrível; IZA, BK, e Liniker, claro… Amo a Liniker. Me chamou, eu vou! Um álbum de feats seria uma boa ideia!”
Em 1h30 de show, Biazin mostrou porque é uma das artistas mais influentes do cenário do pop nacional atualmente. Muito além da indicação ao Grammy Latino é só o começo de uma artista que tem presença, carisma e, nas suas próprias palavras, os melhores fãs do mundo.
Fotos por: Carol Marins