Na última quinta (13), o fenômeno australiano desembarcou no Rio de Janeiro para encontrar fãs ensandecidos que os aguardavam desde a abertura do shopping que abriga a casa de shows Qualistage. Por volta das cinco da tarde, ao chegarmos ao local, já nos deparamos com filas quilométricas, pais acompanhando seus filhos por todos os lados e um estilo predominante entre as fãs, que apostaram em combinações de looks pretos e vermelhos, cores clássicas da estética da banda.
Antes mesmo do ato de abertura, a casa já estava lotada de fãs empolgados e ansiosos pela apresentação principal. Xavier Mayne entrou no palco pontualmente e foi recebido por uma multidão que rapidamente se afeiçoou a ele. Com um estilo semelhante ao da banda, apresentou um trap energético que, em certos momentos, lembrava a vibe brasileira da 30PRAUM e contagiou todo o público. O cantor, que tem vários feats com o grupo, foi altamente aclamado e se emocionou quando todos gritavam seu nome sem parar (mesmo sem entender muito bem o que estavam gritando). A empolgação aumentou ainda mais quando Mitchel Cave fez uma aparição surpresa para cantar a collab “Shleepin”, elevando o volume dos gritos a um nível que já antecipava o que estava por vir.
Com fãs que os aguardavam desde 2023 completamente enlouquecidos, o Chase Atlantic subiu ao palco e recebeu um mar de gritos ensurdecedores. Ficava claro o quanto a banda conquistou a nova geração, que marcou presença em peso naquela noite. Mitty declarou logo no início que aquela era a plateia mais alta que eles já haviam visto.
A montagem do palco era um espetáculo à parte. Diversos painéis de LED e imagens que conversavam com a estética e o ritmo da banda tornavam tudo ainda mais envolvente. A setlist, bastante diversa e passando por todas as eras do grupo, foi cantada do início ao fim por fãs devotos, que pediam sem parar por “Meddle About”, mostrando o quanto eles estavam verdadeiramente envolvidos.
Para mim, a faixa que mais evidenciou a conexão entre fãs e artistas foi “Disconnected”. Antes de começar a música, o telão conta uma pequena história, e, ao vivo, a canção cresce de um jeito absurdo, provando que não existe qualquer desconexão nessa relação.
Com uma energia esplêndida que envolveu todos no próprio mundinho Chase Atlantic, muitos solos de cada instrumento, o que inclusive nos rendeu uma palheta, Mitchel Cave descendo até a plateia e a clássica rosa vermelha, eles encerraram as datas do Brasil da Lost in South America de forma inesquecível e agora seguem para o fim da turnê no Chile e na Argentina.
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Fotos: Carol Marins




