Bring Me The Horizon prova força do metal no Brasil e tem maior show da carreira no país
No último sábado (30), Bring Me The Horizon realizou seu maior show da carreira. O mais impressionante disso? A apresentação aconteceu em São Paulo, no Allianz Parque completamente esgotado, levando cerca de 50 mil pessoas para presenciar esse momento histórico.
Não é novidade o amor que o Brasil tem pela banda britânica. Desde o início de sua carreira, há 20 anos, os artistas têm recebido um apoio gigantesco do nosso país. Contudo, isso se intensificou ainda mais depois que Oliver Sykes, vocalista do BMTH, casou com a cantora brasileira Alissic.
Desde então, ele tem se esforçado para se conectar com o Brasil, aprender português (colocando palavras no idioma até mesmo em músicas da banda), além de ter morado em Taubaté e tirado um CPF na pandemia. Podemos dizer que ele já é brasileiro de coração, para sermos bem sinceros. E, por motivos como esse, não há dúvidas que foi mais do que justo sermos os primeiros a receber um show da banda em estádio.
“Eu quero um mosh pit” 🗣️ pic.twitter.com/7RvY9XZhWL
— We In The Crowd (@weinthecrowd) December 1, 2024
Para aquecer o público, artistas como The Plot in You, Spiritbox e Motionless in White fizeram atos de aberturas inesquecíveis. No entanto, Bring Me The Horizon mostrou que eram as estrelas da noite em um show verdadeiramente lendário.
Antes mesmo de pisarem no palco, o telão se iluminou com uma tela de jogo escrita “Post Human: NeX GEn. Press Start”. A banda adotou essa estética digital, futurista e pós-apocalíptica nos seus últimos lançamentos, fazendo referências a elementos tecnológicos frequentemente. Além disso, personagens ajudam a dar rumo a narrativa recém-criada, como a intrigante Eve, que abre o show dando instruções bem claras como “se divirtam, pois essa será a última apresentação que vocês irão (na vida)”.
Assim, a noite seguiu com uma história que te fazia grudar os olhos e se perguntar o que aconteceria a seguir, sempre seguindo o conceito de uma humanidade completamente condenada na chamada YOUtopia, incluindo vilões, rituais e tentativas de extinção com um tom cômico e ácido.
A banda entrou no palco com a sequência “DArkSide”, “MANTRA” e “Happy Song”. A partir daí, já conseguimos ter uma noção do quão maluca a noite seria. Eram simplesmente 50 mil pessoas gritando cada letra em plenos pulmões, dezenas de rodas sendo abertas, sinalizadores acesos e, como o vocalista mesmo mandou, todo mundo pulando sem parar.
Oliver é um mestre em guiar a plateia. Ele nasceu para os palcos e sabe disso. Com um talento inigualável, o artista mostra uma confiança contagiante. Porém, mesmo com essa firmeza, Sykes consegue criar uma conexão instantânea com o público, mostrando uma gratifuckingdão (palavras dele) e uma humildade constantes.
Além do icônico e carismático cantor, precisamos dar destaque aos outros integrantes da banda que, como sempre, mostraram suas habilidades com perfeição nos palcos. Matt Nicholls arrepiou o estádio inteiro com sua intensidade na bateria, enquanto Lee Malia e Matt Kean tinham uma perfeita sincronia na guitarra e no baixo, respectivamente.
A parte visual do show era um espetáculo à parte. Bring Me The Horizon investiu em elementos como fumaças, fogos, confetes e mais durante toda a apresentação. Além disso, os telões contavam uma história por si só, com transformações da banda em personagens e câmeras no público, deixando o show mais lúdico e especial.
"Can You Feel My Heart" com direito a fumaça, confetes de coração e bandeira do Brasil. 🫶
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Para completar, os convidados para cantar “Antivist” no palco com a banda foram ninguém menos que Di Ferrero e MC Lan, deixando a festa ainda mais abrasileirada. Os dois ajudaram na formação de mosh pits e fizeram todo mundo se jogar com o icônico “Middle fingers up, if you don’t give a fuck”.
OPEN THE TCHECA LADRÃO 🗣️ pic.twitter.com/HnfLOnwyr4
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Como Courtney LaPlante (vocalista do Spiritbox) reforçou, naquela noite de sábado em São Paulo, Bring Me The Horizon mostrou a todos que músicas como a deles podem e devem ser tocadas em lugares grandiosos. Ficou óbvio que a força do metal só cresce cada dia mais e, para nós, será um verdadeiro prazer acompanhar essa ascensão no Brasil e no mundo a cada dia que passa.