Com álbum de estreia “Portal”, Balu Brigada retorna ao Brasil no dia 22 de março para o Lollapalooza Brasil, ao lado de grandes atrações como Tyler, the Creator, Lorde e Turnstile.
Composto e produzido por Henry e Pierre Beasley, o Balu Brigada faz sua tão aguardada estreia na indústria musical com o disco de debut Portal. Com 12 faixas e 43 minutos de duração, o projeto vai além de um simples álbum — ele realmente funciona como um portal: ao atravessá-lo, somos apresentados à essência da banda, que se revela como uma grande promessa para o indie rock e a cena alternativa.

Com singles cativantes e já conhecidos como “So Cold” e “The Question”, o duo apresentou ao público um álbum conceitual, sem soar linear, onde cada canção apresenta uma peculiaridade, seja na sonoridade ou na letra.
O carro chefe do disco “The Portal” seguido do hit “So Cold”, apresenta a inédita “Golden Gate Girl” que apresenta uma narrativa atraente: uma metáfora para uma juventude inquieta, que vive de amores rápidos e lembranças borradas, sempre à procura de sentido em rostos novos, em cidades que brilham à distância. “Algumas pessoas querem mudar o mundo, algumas pessoas querem vê-lo queimar” – confessional, errante, cheio de cicatrizes suaves. É a voz de alguém que se lançou de olhos fechados em uma paixão tão intensa quanto desorientadora e acabou caindo na frieza do mundo real.
A harmonia e os ritmos causam estranhamento, mas são característicos do Balu Brigada – as batidas que soam como uma máquina de ressonância, cercado de um baixo e uma guitarra particulares do indie rock que lembram Two Door Cinema Club, com uma mistura de The Strokes, deixando as referências artísticas do duo bem claras.
“Me diga que está tudo apenas na minha cabeça, porque estou guardando tudo para mim e você está me olhando de lado”, “Sideway” cativa por suas batidas, e uma liricidade atrativa aos ouvintes – os conflitos silenciosos, e a busca por soluções que talvez não necessitem de um desfecho.

“Birthday Interlude”, assim como o carro-chefe do álbum, chama atenção devido a uma clara tentativa de criar conectividade entre as faixas — ainda que essa transição talvez não soe tão natural quanto o esperado. Essa faixa, em especial, antecede “Backseat” o que destoa um pouco, quebrando a ligação entre as faixas.
“Então, fique comigo, eu nem gosto da sua companhia, eu só queria que você me confortasse, enquanto mantenho meus olhos na estrada.” “Backseat”, retrata o sentimento de buscar conforto na solidão e, ao mesmo tempo, o desejo de escapar da própria solitude, buscando uma companhia – mesmo que indesejada. Curiosamente, a harmonia da canção contrasta com sua liricidade: com um ritmo envolvente, guitarras afiadas e batidas nada genéricas, sendo o ponto alto da canção, o single se destaca como um dos mais atrativos do álbum, soando como uma verdadeira “música de verão”.
Seguindo com o quinto single “Politix”, o duo dispara via X (antigo Twitter): “Em sua essência – é uma música sobre se sentir manipulado, rejeitado, e perder a confiança na busca do seu sonho”. A música ganhou um espacinho especial na Setlist que você pode conferir aqui: (linkar a matéria da canção).
“The Question” explora o tão famigerado friends to lovers – a tensão delicada em transformar amizade em amor – onde o eu lírico ressalta: “Você vai me amar até o fim? E quando todas as luzes se apagarem, você vai contar tudo de novo? Porque eu não preciso de um amigo”. De forma poética o duo canta sobre encontros noturnos e a rotina sufocante da cidade, onde surge o desejo de construir um relacionamento sincero, sem fingimentos.

“São quatro e vinte e cinco e minha cabeça está uma bagunça, provavelmente há muita coisa que eu preciso resolver”. “4:25” aborda sobre superação e a tentativa de esquecimento diante de algo que já passou – um amor que não existe mais – onde é necessário resolver estas questões e evitar pensar em situações que não há mais soluções. Já “Isolation” com um violão intimista, traz acordes tranquilizantes que crescem ao passar da música, seguindo de uma escrita intimista, Balu Brigada canta sobre emoções indescritíveis e questionamentos sobre o amor ser de fato uma conexão verdadeira.
“Uma música sobre como a vida é estranha, cruel, bela, irônica, aleatória, injusta e ninguém sabe o que está fazendo, mas que é estranhamente reconfortante” o duo define “What Do We Ever Really Know?” através do X (antigo Twitter).
Encerrando com “Butterfly Boy”, o Balu Brigada revela sentimentos mais complexos e vulneráveis, mostrando uma faceta mais amadurecida. A canção soa como um “não tenha pressa” e traz uma clara referência ao duo Twenty One Pilots no verso “é melhor sentir algo do que nada”, que ressoa diretamente com “Drum Show” e sua linha “melhor sentir algo do que nada” — evidenciando, mais uma vez, a inspiração e o agradecimento ao duo norte-americano.
Mas essa história não é sobre os meninos de Ohio — e sim sobre os garotos da Nova Zelândia, que vêm conquistando um público avassalador no Brasil, não só pelo som, mas também pelo carinho com nossa cultura — e, claro, com os torcedores de futebol, já que vivem viajando por aí vestindo camisetas de times brasileiros.
Balu Brigada segue conquistando o mundo com suas músicas cativantes, sendo um duo que vale a pena ficar de olho, e garantimos: o show deles no Lollapalooza Brasil será épico! E você, já conhecia Balu Brigada?