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O Forfun nunca irá morrer: fim da Turnê NÓS e a celebração do Riocore 

Ainda não é fevereiro, mas pros fãs do Forfun já rolou carnaval. No último sábado (07), aconteceu o encerramento da Turnê NÓS e a Apoteose recebeu uma verdadeira festa.

Celebrando o Riocore, o último show do Forfun virou um grande festival. Dibob, Darvin, Scracho e Diogo Defante foram responsáveis pelos sets de abertura que rolaram das três da tarde às oito da noite.

Sucessos que marcaram a época de ouro da MTV eram cantados em altos pulmões como se o tempo nunca tivesse passado. A saída do Scracho do palco foi feita pelo público, que cantava Quase de Manhã enquanto o som da banda já havia sido cortado.

Set esse de abertura que teve parte do próprio Forfun no palco durante Lado Bê e Diogo Defante como paquita (sim, você leu certo) pra cantarem Lua de Cristal após o vídeo viral do “que show da xuxa é esse?” aparecer de surpresa no telão.

Ovacionados logo na entrada, Forfun e o público pareciam inconscientemente disputar quem tinha a energia mais frenética da noite. No final não era uma competição, mas sim uma conexão com muita história por trás. Danilo falou algumas vezes sobre o quanto nunca imaginaram estar no palco da Apoteose, algo fácil de acreditar diante da entrega da banda no palco.

Nícolas, baterista, enfrentou o show com dores de cãibra na mão, mas isso não o impediu de entregar performances espetaculares e nem de tirar o sorriso do rosto.

Os dois primeiros convidados, Thiago Niemeyer do Darvin e Diego Miranda do Scracho, tornaram o primeiro set mais especial em Minha Formatura e Terra do Nunca, respectivamente.

Valer a Pena foi dedicada à Dedé Teicher, que além de baterista também é parte dos vocais da Scracho. Antes de começarem a música, Danilo frisou a importância da presença de Dedé como mulher na cena, puxando aplausos e gritos do público. Eles seguiram com Cósmica e Morada

Acalmando um pouquinho a energia eletrizante, o set acústico é mais calmo mas tão contagiante quanto. Nas palavras de Danilo Cotrim, é uma parte legal porque é assim que as músicas nascem.

Diferente dos repertórios passados, 4 A.M. já tinha sido tocada e Descendo o Rio foi a faixa que iniciou o medley que embalou várias músicas da banda junto com a bossa nova, em homenagem à terra do lendário gênero musical. 

Eles estavam em casa, os cariocas estavam na felicidade suprema, mas a força do Forfun se destacou ainda mais quando grande parte do público — que lotou o Sambódromo — levantou os braços quando perguntados quem não era do Rio. 

De volta à pancadaria, houve uma troca de ordem nas duas primeiras músicas, seguida de uma surpresa. Gruvi Quântico foi ainda mais intensa com a participação de Xamã, que deixou o público impressionado e elevou ainda mais sua performance ao cantar um freestyle.

O que ninguém esperava — afinal, ele era o único nome não anunciado — era que Di Ferrero fosse subir ao palco para interpretar Sigo o Som. A plateia foi à loucura, e moshpits começaram a abrir na pista. 

Dali pra frente, foi uma explosão de hits: Constelação Karina, Seu Namorado é um Cuzão e Cara Esperto foi uma sequência incrível de assistir, levando os fãs ao delírio. 

Dedeco, do Dibob, entrou no palco em Costa Verde e Rio Porque Tô no Rio, da qual faz parte da composição — e que não estava na setlist anterior. 

“O Forfun nunca vai morrer” disse Dedeco após um discurso de grandes memórias e gratidão à amizade com a banda. Último show ou não, uma coisa é certa: o Forfun está mais vivo do que nunca. 

Fotos: Letycia Cavalcante