O ícone do reggaeton abriu seu show no palco Skyline em grande estilo com o smash hit Mi Gente. A partir daí, não faltaram dança e sucessos, com faixas como Reggaeton, Azul e Con Altura, que mantiveram o público aquecido em meio ao frio de São Paulo.
Com muita simpatia e acompanhado por um balé, J Balvin entregou presença. Ainda assim, a conexão com a multidão oscilou em alguns momentos, quando o setlist apostava em músicas não tão conhecidas pelo público brasileiro.
O que também não colaborou muito foi o telão, que travou em diversos momentos, impedindo pessoas que estavam mais para trás do espaço enxergassem o que estava acontecendo em cima do palco. Sabemos que isso é tudo menos culpa do artista, mas infelizmente influenciou na animação da plateia.
Porém, momentos emblemáticos aconteceram! Mc Fióti subiu ao palco no remix de Bum Bum Tam Tam em parceria com Balvin, mas deixou a desejar ao recorrer ao playback e quase não se esforçar, enquanto seu verso soava em segundo plano e mantinha o microfone abaixado. Já Pedro Sampaio trouxe a energia de sempre, fazendo até Balvin dançar sua coreografia, elevando o astral do espetáculo.
Apesar de ter dois convidados brasileiros, foi geral a frustração do público a não ver Anitta subir ao palco durante as famosas colaborações dos dois, especialmente após a nota do jornal O Globo sobre a participação da cantora.
Vale lembrar também que o domingo tinha um line-up dominado por divas pop, o que acabou não favorecendo tanto o estilo de J Balvin. Talvez em um dia mais alinhado ao gênero, (ao lado de nomes como Rosalía ou Bad Bunny, que já conquistaram espaço sólido no Brasil) a resposta tivesse sido outra, abrindo portas para uma recepção mais calorosa e justa ao gênero no festival.
Apesar de tudo, J Balvin provou que é um artista de primeira. O show foi divertido, cheio de energia, e mesmo com altos e baixos, não faltaram momentos para dançar, cantar e se divertir. O reggaeton, estilo que ele representa com tanta força, segue crescendo no Brasil e ainda tem um potencial enorme para conquistar cada vez mais fãs, abrindo caminho para experiências ainda mais intensas por aqui.
No fim, a apresentação reforçou o talento do cantor e a força global do reggaeton. Mas também deixou a reflexão: é uma pena que o Brasil ainda não consuma o gênero na mesma proporção de outros países latinos, o que nos deixaria ver mais shows desse porte com mais frequência no nosso país.