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Arctic Monkeys combina nostalgia à uma nova era em estreia de álbum no Brasil

Na última sexta-feira (4), Arctic Monkeys encheu a Jeunesse Arena no Rio de Janeiro combinando públicos de todos os estilos e gerações.

O show é o primeiro da banda após o lançamento do seu mais recente trabalho, o álbum The Car.

A música ‘There’d Better Be a Mirrorball’ abre a apresentação de cerca de 1h40 e fãs sentem falta da bola de espelho do cenário, característica da música, mas logo se esquecem quando Brainstorm toma conta do local.

Misturando músicas antigas, que carregam um rock indie alternativo denso, com as novas que trazem um estilo totalmente diferente, mais puxado para o soul. Mas não se estranhe, eles sabem perfeitamente como manter a harmonia da setlist ao introduzir novos arranjos aos sucessos de anos atrás.

Alex Turner e seu charme marcante montavam uma tremenda presença de palco. Na maioria do tempo, havia um holofote de luz branca que o acompanhava dando-lhe destaque. Entre papos com o baterista, Matthew Helders, na pausa das músicas e olhares fixos em pessoas no público ao abaixar devagar seu óculos várias vezes, o vocalista manteve sua pose.

Quando os primeiros segundos de Do Me A Favour ecoaram pela arena, era possível ouvir fãs conversando coisas do tipo “não acredito que eles vão tocar”. Essa era uma faixa muito pedida pelo público brasileiro há anos e a emoção era visível assim que ouvíamos todos cantar alto a letra.

505 foi um ponto alto da noite, começando calma e levando todos à loucura durante a ponte da música.

Assim que a música acabou a banda se despede no palco e Alex faz questão de andar nas laterais novamente para se despedir do público que estava assistindo das arquibancadas. Ele sorri e manda beijos para todos.

Mas o show não acabou! Eles voltam para mais três músicas e cantam pela primeira vez ao vivo Sculptures of Anything Goes do novo álbum, e uma das favoritas do público.

Ao encerrar o show com R U Mine? e se despedir de vez, Arctic deixa uma multidão extasiada e realizada ainda assimilando aquelas quase duas horas de show. Uma coisa é certo: mesmo com o estilo novo e mais adulto, essa banda não irá deixar de fazer barulho tão cedo.

Fotos: Carol Marins

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