O Brasil foi o ponto de partida da era 143 em setembro do ano passado, no Rock in Rio. Desde então, o show passou por transformações ao longo da turnê e voltou a se adaptar novamente para a passagem pela América do Sul.
O palco em novo formato e a estrutura reduzida chegaram a gerar frustração em alguns fãs, mas, na prática, a adaptação também funcionou bem.
Durante o show, Katy inclusive fez um desabafo sobre ter discutido com sua equipe, que acreditava não ser possível trazer o show ao Brasil:
“Ai Katy, é difícil trazer um palco tão grande. É tão difícil, isso e aquilo, isso e aquilo. E eu falei: ‘Com licença? Meus maiores fãs estão no Brasil. Vamos fazer isso acontecer, nós vamos ir para o Brasil.’ Porque não importa o que esteja acontecendo com a minha vida. Não importa o qual alto ou baixo ou em qualquer lugar que eu possa estar entre isso. A única coisa que permanece constante são meus fãs brasileiros. Eu não sei o que eles dão pra vocês comerem de café da manhã, mas é forte pra car@lho. E então eu agradeço. Agradeço a todos vocês.”
O que realmente talvez não funcione tanto, neste caso para o festival, são as longas interludes de vídeo entre os atos. Embora reforce o conceito do show, isso também desanimou grande parte do público, que não aguentava mais assisti-los durante os intervalos – o que fazia com que parecessem ainda mais longos do que eram.
Mas isso não fez com que o show da Katy fosse minimamente ruim. Como a própria destacou: “40 anos e fabulosa”. Dona de uma verdadeira máquina de sucessos, ela entregou hit atrás de hit, equilibrando a setlist com músicas menos conhecidas que funcionaram muito bem durante os atos.
Sempre muito ligada à paixão do nosso público, Perry ressaltou que o Brasil esteve ao seu lado em todas as horas, sejam nos altos ou baixos. Como toda vez em que convida um fã brasileiro ao palco, criou mais um momento icônico, desta vez com André, que fez o público vibrar com ele do começo ao fim da interação.
Um QR Code exibido no telão permite ao público escolher uma música surpresa. O legal dessa vez foi que quem assistia a transmissão de casa também pôde votar. Antes de cantar a mais vencedora, Harleys in Hawaii, Katy ainda deu uma palhinha de outras muito pedidas como Peacock e Hummingbird Heartbeat.
E houve ainda uma mudança que tornou o encerramento mais especial: fogos de artifício durante Firework, fechando o show (e o festival) literalmente com chave de ouro.