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Red Hot Chili Peppers em São Paulo: banda mostra seu legado imbatível no país

Após pouco mais de 3 anos desde sua última visita ao país, Red Hot Chili Peppers voltou ao Brasil na última semana para uma série de shows com a turnê Unlimited Love, passando por Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. 

Com um histórico de mais de 10 shows feitos em solo brasileiro ao longo da carreira, alguns podem duvidar da capacidade da banda quando falamos de encher os maiores estádios do Brasil em pleno 2023 mas, com uma facilidade surpreendente, RHCP não deixou os descrentes de seu legado sentirem nem o mais leve cheiro das entradas para o show no Cícero Pompeu de Toledo – mais conhecido como Estádio do Morumbi – que se esgotaram em minutos. 

Com uma responsabilidade gigantesca, a banda Irontom foi escolhida para comandar a abertura dos shows no país e, mesmo com um estilo levemente diferente da atração principal, conseguiu impressionar e cativar o público com seu talento, carisma e até mesmo algumas palavras em português.

Porém, quando os telões se apagaram e os primeiros acordes de John Frusciante e Flea ecoaram juntos a primeira batida de Chad, não houve uma pessoa na plateia que não se arrepiou completamente.

Em um primeiro momento, podemos facilmente dizer que os sons dos instrumentos vindos do palco deixaram todos hipnotizados. Para falar a verdade, não havia nem tantos gritos (comparado ao resto do show) porque, quando se olhava ao redor, todos estavam completamente sem reação a tamanho choque de ver a história sendo feita diante de seus próprios olhos. 

Com Frusciante em palcos brasileiros pela primeira vez em mais de 10 anos, fãs que nunca haviam tido a chance de ver o lendário músico ao vivo se encantavam e fãs que puderam reencontra-lo depois de tanto tempo se emocionavam. 

Assim, Anthony Kiedis entra no palco com o sucesso “Can’t Stop” – fazendo o Estádio do Morumbi pular e gritar em plenos pulmões. Logo após, a sequência de hits continuou com “The Zephyr Song” e “Snow (Hey Oh)”. É importante destacar o talento e experiência da banda no palco onde, mesmo sem muitos adereços ou extras nas apresentações, conseguem criar um vínculo instantâneo com o público através do sentimento de nostalgia e acolhimento presente nas músicas. 

Mesmo com tantos shows feitos pelo país ao longo dos anos, a sensação é de que cada performance é única, sem nunca cansar quem paga para assistir. A sinergia entre os músicos também é fascinante. Um grande exemplo disso é o show a parte que Flea e Frusciante entregam entre as faixas da setlist – com uma energia surreal. 

Além de seus sucessos mais icônicos – como “Californication”, “Soul to Squeeze”, “By the Way” e “Under the Bridge” – Red Hot Chili Peppers fez questão de tocar algumas favoritas dos fãs de carteirinha, como “Parallel Universe” e “Tell Me Baby”, o que trouxe gritos animados e elogios ao redor do estádio. 

Da mesma forma, as músicas novas também não ficaram de fora. Faixas como “Black Summer” e “Tippa My Tongue” conquistaram olhares curiosos e encantados e, com certeza, foram adicionadas em diversas playlists após o show. 

Vindo de uma fama tão extensa, era de se imaginar que o show seria bom mas, mesmo com tantos anos de carreira, RHCP conseguiu se superar ainda mais, mostrando o porque seu legado é tão imbatível no Brasil e ao redor do mundo. Dito isso, já estamos aguardando ansiosamente para ver a banda em solo brasileiro novamente.

SETLIST

1. Can’t Stop
2. The Zephyr Song
3. Snow (Hey Oh)
4. Here Ever After
5. Havana Affair
6. Eddie
7. Parallel Universe
8. Soul to Squeeze
9. Right On Time
10. Tippa My Tongue
11. Tell Me Baby
12. Terrapin (solo do John / cover do Syd Barret)
13. Don’t Forget Me
14. Californication
15. Black Summer
16. By The Way
17. Under the Bridge
18. Give It Away

Foto: MRossi @mrossifoto

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