Underoath entrega melhor show da turnê em São Paulo
No último sábado (27), a banda de post hardcore Underoath finalmente retornou às terras brasileiras para se apresentar para fãs em São Paulo. Foram 12 anos de espera que resultaram em uma noite pra lá de energética, com muita euforia.
O show de abertura do Glória foi um ótimo esquenta, recebendo Lucas Silveira da Fresno como convidado na música “Horizontes”. O encerramento do set com “Minha Paz” foi lindo de ver enquanto a galera entoava no coro.
Pela terceira vez no Brasil, Underoath entregou um show insano e visceral, como seguiam as expectativas. Muita presença de palco, moshpits e gritos guturais marcaram a noite. A animação da galera era tanta que o crowdsurfing começou a rolar a partir do próprio público que pulava da grade para surfar na multidão. Nas palavras do próprio vocalista, Spencer, que desceu do palco pra dar mão aos fãs: foi o melhor show da turnê.
Um fã levantou cartaz pedindo a faixa When The Sun Sleeps e conseguiu uma promessa da banda, que afirmou que voltarão ao Brasil para cantá-la.
A setlist deu a largada com músicas do novo álbum Voyeurist e contemplou músicas que marcaram a adolescência de muita gente como Reinventing Your Exit, It’s Dangerous Business Walking Out Your Front Door e A Boy Brushed Red Living in Black and White.
Foi muito emocionante presenciar Too Bright to See, Too Loud To Hear, que traz um som mais calmo da banda. A pedidos, o público – que cantava tão alto quanto o vocalista – acendeu as lanternas dos celulares. Esse foi um daqueles momentos em que o público faz o show junto com o artista que, emocionado com a entrega de todos, levantava o microfone na direção do coro constantemente.
Toda essa emoção repercutiu muito nas redes pós show. Sentimentos iguais, traduzidos em postagens onde falavam sobre se sentirem iluminados e brincavam de ter ido à uma incrível missa/culto do Underoath, já que a banda tem uma base cristã desde sua formação.
Esse é bem o sentimento. Da euforia à sensação de sair renovado, com vontade de um bis. Aquele show que poderíamos curtir várias vezes e que, com certeza, não queremos esperar mais doze anos pra viver de novo.
It’s not just a band, it’s a religion.
Fotos e texto: Fernanda Lima @dopamineblur