Último dia de SUPERTURNÊ: Jão e o amor gigante de seus fãs em encerramento histórico
16 shows, 14 cidades e mais de 300 mil ingressos vendidos. Essa foi a trajetória histórica da SUPERTURNÊ de Jão, um espetáculo que marcou não apenas a carreira do cantor, mas também a música brasileira. No último sábado, o Allianz Parque foi palco de um encerramento emocionante, uma noite que ficará para sempre no coração dos fãs e na história da música nacional. Jão se tornou o único artista brasileiro a esgotar o estádio três vezes, um feito que reflete sua conexão única com seu público.
Desde cedo, as ruas ao redor do estádio estavam tomadas por filas intermináveis de fãs vindos de todos os cantos do país, suportando um calor de mais de 33 graus com sorrisos nos rostos e ansiedade nos olhos. Às 16h, os portões se abriram, revelando a grandiosa estrutura do palco, desenvolvida pela UFO, empresa responsável por sua carreira. Novidades como uma cama na pista comum e panos pretos pendurados no teto do estádio já despertavam a curiosidade de todos.
Por todo o Allianz, o chapéu vermelho e a nova camiseta da colaboração de Jão com a Adidas para o clipe de “Meninos e Meninas” eram onipresentes, assim como estrelas, símbolo dessa era tão especial para o cantor e seus fãs.
Pouco antes do início do show, Fran apareceu no telão para a última Batalha de Músicas da turnê, colocando “Fim do Mundo” e “Aqui” frente a frente. O estádio vibrou com a escolha da primeira, mas a emoção só aumentava.
A abertura manteve a força já conhecida da turnê, com sucessos como “Essa Eu Fiz Pro Nosso Amor”, “A Rua” e “Doce” transformando o estádio em um mar verde-limão, como na música. E então a primeira surpresa da noite, adição de “Supernova”, música presente no álbum com mesmo nome, que ainda não tinha sido apresentada anteriormente, recebendo um mar de gritos juntamente com a estrela de seu show no Rock In Rio. Falando em mudança, dançarinos, tambores e claro, sua velha banda, transformaram o show e fizeram valer muito mais o tamanho majestoso do palco.
Há um ano, estivemos no Allianz Parque para a segunda apresentação da SUPERTURNÊ, e diferente daquela noite, vimos um Jão mais confiante e grato, amadurecido por toda a trajetória percorrida.
“Modo de Dizer” e “O Triste é Que Eu Te Amo”, que estavam presentes na setlist de natal, deram tão certo lá que entraram para o show final também, tendo um ótimo recebimento do público.
“Sejam muito bem vindos a última data da SUPERTURNÊ! Eu sei que eu falo muito que eu amo despedidas, mas hoje tá um pouco mais difícil… Eu sonho com essa turnê há muitos anos e fazer o encerramento parece um dia surreal (…) Vocês mudaram a minha vida inteira. O significado das coisas. Agora quando eu vejo estrelas, quando vejo mar de chapéus vermelhos, eu vejo vocês, eu vejo nossas memórias.” — Jão durante discurso sobre a Superturnê na noite de encerramento.
A clássica subida ao topo do prédio para “A Última Noite”, que traz uma carga mais dramática foi quebrada com a revelação de que sua mãe não viu essa parte no primeiro show por preocupação.
Outra novidade foi a inclusão de um set acústico, com músicas como “Dança Pra Mim”, “Ressaca” e “Paranoid”, que havia sido tão aguardada pelos fãs. Antes do início do último ato, o estádio foi tomado por fogo e emoção, com Jão surgindo em uma roupa branca que destoava das cores intensas do palco, destacando sua presença magnética. A tradição já era conhecida dos outros shows em “Maria”, onde um fã era escolhido para levar uma carta escrita a mão por Jão, foi substituída por um mar de bexigas e cartas caindo pelo Allianz Parque, para que todos recebessem um recado do cantor.
A performance de “Religião” levou o público ao êxtase, com a cama da pista sendo erguida e cercada por chamas, dando vida à frase “Eu vou queimar pelo preço de te ter.” Já em “Super”, era impossível não se arrepiar com a energia do estádio lotado, encerrando o show com “Alinhamento Milenar” e mais um discurso inesquecível.
“Eu amo essa turnê, eu amo esses shows, mas o que eu mais amo foram as memórias que a gente construiu juntos… Os amigos que a gente fez, os inimigos que a gente fez. As pessoas que a gente beijou, separou, voltou… As viagens, as casas de amigos… Essa grandiosidade é muito importante pra mim obviamente, é o meu sonho, mas o que eu vou lembrar com 80 anos é da cara de vocês, é da gente nos shows se olhando, se gostando, que quando a gente olha pro lado a gente se sente seguro”.
A SUPERTURNÊ não foi apenas um espetáculo. Foi um abrigo, um lar para milhares de pessoas que viajaram, se apaixonaram, cantaram até perder a voz e criaram memórias para uma vida inteira.
“O Jão tem uma facilidade muito grande em criar um abrigo dentro das próprias turnês. Acho que a Super foi assim também. A turnê virou um lugar onde a gente podia abraçar o que a gente é.
Ver pessoas viajando para poder ter a oportunidade de ir em mais shows desenha bem tudo isso, uma oportunidade única de sentir que existe um lar e um cantor que faz questão de ser próximo do público dele a ponto de existir esse conforto.” — Luiza Feppe – Conexão Jão.
“Acredito que, nos últimos sete anos, ao longo de todas as eras e turnês, crescemos junto com o Jão de forma natural, criando histórias que refletem o que ele representa para nós. A SUPERTURNÊ foi a forma mais especial de fechar esse ciclo, celebrando sua grandiosidade nos maiores palcos do país, e também todas as relações, momentos e recordações que ele, de forma genuína, nos influenciou a viver.
A SUPERTURNÊ é exatamente isso, se permitir sentir, viver e ser grande”. — Greici Kelly Pereira – Jão Magazine.
“Viver a Superturnê foi a maior realização de quem acompanha e sonha com ele, por muito tempo. Em vários momentos, me emocionei ao pensar que todos naquelas casas lotadas estavam ali pro menino que eu vi iniciar sua carreira.
A gente costuma compartilhar dos sonhos dele, e a realização da Superturnê foi a NOSSA realização, e não só dele.
Ele veio nessa era pra reafirmar pro mundo que ele pode ocupar todos os espaços e quebrar todos os recordes, com seu talento e grandiosidade que dificilmente a gente vê em artistas, ainda mais no cenário brasileiro. Se despedir da Superturnê foi um mix de gratidão e saudade.
Gratidão por ter vivido tamanha experiência, e saudade de todos os momentos que nos proporcionou. Mas, nos deixou o gostinho e curiosidade pro que vem na turnê do J5, que com certeza, surpreenderá (mais uma vez) todos nós! Eu estou pronta, rs.” — Ariela Foxx — Jão Brasil.
O amor entre Jão e seus fãs transformou a turnê em algo maior que música – transformou em algo SUPER.