Terno Rei voltou a se apresentar em São Paulo, agora com a turnê Nenhuma Estrela. O show aconteceu no último domingo (07), na Audio Club, e marcou mais um encontro especial entre a banda e uma cidade que claramente nunca deixou de ser casa para eles.
A abertura ficou por conta do Pelados, banda formada por cinco amigos que vem chamando atenção dentro do cenário indie com um som diferente, cru e cheio de personalidade. Foi uma escolha certeira para aquecer o público, que já chegava curioso e receptivo, mostrando que o “novo” (pelo menos pra muita gente) também tinha espaço naquela noite, e obviamente ninguém se decepcionou com isso.
Ás 20h30, Terno Rei subiu em um palco paulista pela última vez em 2025. Com o local cheio de ponta a ponta, não demorou muito para ficar claro que São Paulo ocupa um lugar especial na história do quarteto. A recepção calorosa, os coros constantes e a entrega do público só reforçaram essa conexão que parece crescer a cada nova visita.
Durante toda a apresentação, conseguiamos sentir uma mistura perfeita entre euforia e aconchego no coração. Poucas bandas conseguem criar esse clima tão característico, em que a emoção transborda sem precisar ser exagerada.
Em músicas mais clássicas, como “Yoko” e “Dias da Juventude”, era impossível não perceber o tamanho que o Terno Rei alcançou ao longo dos anos. Com hits consolidados e canções que já fazem parte da vida de muita gente, o grupo mostrou que se tornou, sem sombra de dúvidas, um dos grandes ícones do indie brasileiro atual. A resposta do público, cantando cada verso com intensidade, deixava isso evidente.
Mas 2025 também é o ano de “Nenhuma Estrela”, álbum que escancara o amadurecimento da banda da melhor forma possível. Poucos artistas conseguem evoluir sem perder a própria essência, mantendo uma identidade facilmente reconhecível, e o Terno Rei faz isso com uma naturalidade impressionante.
Ao vivo, o disco ganha ainda mais força. Faixas como “Casa Vazia”, “Relógio” e a própria “Nenhuma Estrela” se transformam em momentos quase catárticos, com milhares de vozes cantando em perfeita sincronia com a banda. É o tipo de experiência que só acontece quando existe uma ligação real entre artista e público.
Não tem como negar. Ale, Loobas, Greg e Bruno fizeram história mais uma vez. Não só em São Paulo, mas no Brasil inteiro. Eles realmente não precisam de grandes efeitos, luzes mirabolantes, dançarinos ou excessos visuais. Apenas os quatro no palco são suficientes para entregar um show inesquecível, e o último domingo foi exatamente isso.
Agora, fica a ansiedade pela próxima volta da banda à sua terra natal, com todas as novidades, ascensões e caminhos que o futuro reserva. Se depender do que foi visto em São Paulo, ainda há muita história bonita para ser escrita.
Fotos: Marcela Lorenzetti (@actualiity)





